Reflexão a partir das aulas de Pró-letramento
Muitos questionamentos são feitos sobre a avaliação, o modo como é realizada e os conceitos atribuídos a ela. Portanto, faz-se necessário repensá-la, não só pelo parâmetro da média obtida, mas como um processo geral que envolve todo o sistema, desde o planejamento, execução, metodologias, recursos, formas de se avaliar, etc.
Essa constatação se baseia na realidade de que um número não fornece subsídios ao professor para intervir nas reais necessidades dos alunos. O que está em jogo é um olhar mais atento que apontará os erros e acertos como fatores primordiais para se perceber o aluno de modo reflexivo e crítico. Somente uma avaliação mais ampla trará a tona detalhes que numa avaliação convencional não se vê e auxiliará o educador no sentido de traçar objetivos que venham ao encontro do problema detectado.
No entanto, o professor está de pés e mãos atadas, pois se vê obrigado pelo sistema a transformar um breve momento em uma escala numérica que pode levar o aluno à reprovação, além disso, ela não fornece a ideia real “imagética” dos nossos alunos no momento de aprendizagem - rica, livre e desafiadora – limitando-a uma situação opressora que bloqueia a criatividade dos alunos. Assim, tornam-se “árvores podadas, comprimidas, afinal, ao menor esboço de sair para a liberdade criativa, a nota tesoural entra em ação.”
Relatar o processo de aquisição de conhecimentos dos alunos é a chance do professor também de se autoavaliar e de aprender, ou seja, o crescimento é mútuo, uma vez que ao buscar saídas para os problemas detectados, este se tornará um professor aprendiz, o que não o diminuirá, apenas confirmará o grau de responsabilidade e compromisso que o mesmo tem para com a sua função de educador.
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